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Descrição

A cidade atravessa o rio. Pelas ruas flui um mar de gente. As pessoas espelham-se nas montras do consumo. Do alto dos seus tronos galantes, manequins olham-nos com desprezo. As cabinas telefónicas são quartos de aluguer à hora. Sexo em toda a esquina mas também a curiosidade de folhear um jornal. As janelas fecham-se com grades e as portas a cadeado. Cobertores acumulam-se em diedros sem saída. Brancos e negros vão à vida, mas, algures no parque, um jovem ainda tem tempo de ver os pássaros a voar.

Valter Vinagre saiu do seu laboratório etnológico (os usos e costumes do povo) e foi à descoberta da cidade. Este não é um retrato de Londres, nem de Lisboa, Paris, Viena ou Budapeste. É apenas um retrato do que fizemos às cidades – a todas as metrópoles – no começo do século XXI.

Jorge Calado

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