Carlos Salema

CARLOS SALEMA nasceu em 25 de agosto de 1942, em Ponta Delgada, filho de Eduardo Maria de Brito Melo e Castro e Albuquerque da Costa Salema e de Maria do Amparo Simões Lima de Mello do Rego da Costa Salema.

Em 1965 licenciou-se em Engenharia Eletrotécnica no Instituto Superior Técnico (IST), Universidade Técnica de Lisboa, com 18 valores, a classificação mais elevada atribuída nesse ano em todos os cursos ministrados no IST. Entre 1966 e 1969 cumpriu serviço militar obrigatório no Batalhão de Telegrafistas e no Serviço de Telecomunicações Militares. Em 1972 obteve grau de Doutor de Filosofia (Ph.D.) da Universidade de Londres (Queen Mary College). Em 1978 obteve, no IST, o grau de Agregado em Engenharia Eletrotécnica, na especialidade de Propagação e Radiação. Iniciou a carreira académica em 1965, no IST, como Assistente Estagiário tendo ascendido a Professor Catedrático em 1979. Desde 1974 até 2003, data em que se aposentou, teve a seu cargo as disciplinas de Sistemas de Telecomunicações tendo sido distinguido por duas vezes, pelos estudantes como o melhor professor do curso de licenciatura em Engenharia Eletrotécnica. Foi supervisor de nove alunos de mestrado e de quatro de doutoramento. Desde setembro de 2003 é Professor Catedrático Convidado e Membro do Conselho Científico da Faculdade de Engenharia da Universidade Católica Portuguesa, responsável pela coordenação das disciplinas de Sistemas de Comunicações e ainda pela lecionação das disciplinas de Telecomunicações I e II do curso de Engenharia Informática.

Desenvolveu investigação em antenas de microondas, com particular ênfase nas antenas dielétricas, na propagação de microondas na atmosfera em presença de superfícies rugosas, na redução de redundância em imagens fixas e em movimento e na simulação, em computador, de processos industriais, nomeadamente aplicados à movimentação e armazenamento de cereais. É autor, ou co-autor, de mais de 16 artigos e 30 comunicações a congressos científicos, e três livros, dois em inglês (sobre Antenas Dielétricas e Feixes Hertzianos) e outro em português (sobre Feixes Hertzianos) já em segunda edição. Recebeu, em 1974, o Prémio Marconi, do Institute of Electrical and Electronic Engineers (IEE). Entre 1966 e 1986 trabalhou como consultor na Hidrotécnica Portuguesa nas áreas de Telecomunicações e Computadores. Primeiro como presidente do Conselho Diretivo do Centro de Informática do Instituto Superior Técnico (CIIST), entre 1983 e 1985, e depois como Presidente do Conselho Executivo da Fundação para o Desenvolvimento dos Meios Nacionais de Cálculo Científico (FCCN) foi responsável por importantes melhorias no equipamento de cálculo científico de muitas universidades públicas portuguesas e pelo arranque da rede de cálculo da comunidade científica (RCCN).

Entre 1989 e 1992 desempenhou o cargo de Presidente da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT). Durante este período a JNICT tornou-se na mais importante fonte de financiamento da investigação científica portuguesa e o seu orçamento total mais que quintuplicou (de 4 milhões para 22 milhões de contos). Como Presidente da JNICT liderou o grupo que delineou, negociou e geriu entre 1990 e 1992 os Programas CIENCIA (com um orçamento global de cerca de 70 milhões de contos) e STRIDE (15 milhões de contos).

Nos últimos 20 anos adquiriu uma larga experiência dos programas comunitários de investigação e desenvolvimento, integrados no Programa Quadro, tendo desempenhado os cargos de delegado nacional ao CREST (entre 1989 e 1992), à comissão de Gestão dos Programas RACE, RACE II, ACTS, IST e ICT e do programa Capital Humano e Mobilidade (1992). Participou na avaliação técnica do RACE (1987), na avaliação de gestão do RACE, DRIVE, DELTA e AIM, na avaliação estratégica do RACE, na avaliação de meio-termo dos programas Capital Humano e Mobilidade e TEN-IBC e na avaliação final dos programas TEN-IBC e TEN-TELECOM.

Em 1996 participou, integrado numa equipa europeia, na avaliação do sistema científico e tecnológico tunisino. Em 2000 e 2001 igualmente integrado numa equipa europeia avaliou institutos de investigação em telecomunicações, informática e projetos gregos. Foi Presidente do Colégio de Engenharia Eletrotécnica da Ordem dos Engenheiros entre 1998 e 2004. Desde 2004 é membro da Comissão de Acreditação e Qualificação da Ordem dos Engenheiros. Desde 1993 é Presidente do Conselho Executivo (atualmente Direção) do Instituto de Telecomunicações, uma instituição privada sem fins lucrativos, de utilidade pública, resultante da associação do IST, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, da Universidade de Aveiro, da Universidade da Beira Interior, da Portugal Telecom e da Nokia Siemens Networks SA. que engloba cerca de 400 investigadores, dos quais 180 doutorados, e cerca de 150 bolseiros (na sua grande maioria, alunos de doutoramento). É Membro Efetivo da Academia das Ciências de Lisboa, Membro e Presidente da Academia de Engenharia, Membro Conselheiro da Ordem dos Engenheiros, Membro da Comissão de Acreditação e Qualificação da Ordem dos Engenheiros, Membro Sénior do Institute of Electrical and Electronic Engineers (IEEE), Presidente do Conselho Geral da Universidade da Beira Interior.

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